FRAUDE DESFEITA. Grupo utilizava empresas de fachada para dar golpe. Conforme investigação, quadrilha de estelionatários teria lesado fornecedores de quatro Estados - ZERO HORA 18/04/2012
A Polícia Civil desarticulou uma quadrilha de estelionatários que teria lesado, nos últimos quatro meses, empresas de quatro Estados. O bando teria causado um prejuízo de quase R$ 1 milhão aos fornecedores. Na manhã de ontem, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nos municípios de Farroupilha e Erval Grande.
A investigação se iniciou em Santa Maria, onde o bando teria adquirido empresas e as usado como fachada para golpes contra indústrias e bancos. O homem apontado como líder da quadrilha e mais nove integrantes do grupo devem ser indiciados por estelionato e formação de quadrilha. Nenhum dos investigados teve a prisão decretada pela Justiça.
O delegado André Diefenbach, titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Maria (3ª DP), explica que o golpe consistia em adquirir empresas fora de atividade, mas com o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ativo. Depois, o documento era transferido para o nome de outras pessoas, e, após passar por cinco ou seis “laranjas” do grupo, a quadrilha fazia compras e empréstimos bancários com a alegação de necessidade de capital de giro. Entretanto, nem os empréstimos ou as mercadorias eram pagas.
Mercadorias compradas eram levadas para Serra
Segundo o delegado André Diefenbach, a quadrilha adquiriu três empresas em Santa Maria e começou a aplicar os golpes.
– As mercadorias eram adquiridas em indústrias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Eram remetidas para Santa Maria e levadas para Farroupilha.
Na Serra, de acordo com a polícia, as mercadorias eram transportadas para a agropecuária do homem apontado como chefe do bando. O morador de Farroupilha utilizaria a empresa como fachada para revender os produtos. Na manhã de ontem, agentes apreenderam ferramentas, artigos esportivos e calçados na agropecuária. Policiais também lacraram uma garagem na casa do suposto líder do grupo. O espaço funcionaria como um depósito da quadrilha. Em Erval Grande, agentes recolheram calçados, cigarros e DVD de um homem que teria ligação com o suposto chefe do bando.
De acordo com o delegado Mário Mombach, de Farroupilha, o homem é investigado ainda por dar apoio logístico a uma quadrilha de assaltantes.
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