JORNAL EXTRA 19/05/14
Igor Ricardo
É comum ouvir, diante do comentário de que alguém foi vítima de um golpista, a frase “Mas eu nunca cairia num golpe desses”. Apesar disso, cerca de 77 mil brasileiros sofrem diariamente em fraudes online, de acordo com dados da empresa de antivírus Norton. A crença de que a autoria do delito não será descoberta é o principal motivo que leva uma pessoa a não denunciar a prática.
No conto da noiva russa, por exemplo, uma pessoa envolve a outra de tal maneira que a acaba convencendo de mandar dinheiro para uma conta bancária com a justificativa de que “ela” gostaria de vir ao Brasil visitar o “amante”. Certamente, tal jovem não era nem jovem, nem bela, e, talvez, nem mulher.
— A internet expõe a gente. As pessoas sabem o que você faz, seu cotidiano. Certa vez, fui apresentar um programa numa web TV, antes de entrevistar a personagem, eu analisei o perfil dela numa rede social. Quando ela chegou, já fui falando do que ela gostava de fazer, e ela ficou assustada com tudo que fui falando. Estamos expostos ao perigo — contou Gilmar Lopes, criador do blog E-Farsas e pesquisador da web desde o início da internet no Brasil.
Os crimes cibernéticos vão além do estelionato, porém. Ataques à honra, extorsão, pedofilia e apologia ao crime também são cometidos na rede. E toda delegacia é obrigada a registrar a ocorrência e investigar os crimes virtuais.
No Rio de Janeiro, desde 2000 a apuração de casos de maiores complexidades é feita pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI). De acordo com o titular da especializada, Alessandro Thiers, não existe uma classe social alvo dos crackers (indivíduo que usa seus conhecimentos para atos ilegais na web). Ainda segundo Thiers, mais de 40% dos casos ocorridos na internet são de crimes contra a honra. Seguido das fraudes de um modo geral e da pedofilia.
— Tudo que acontece no mundo virtual é real. São reais as empresas, as pessoas, elas podem não ser verdadeiras, mas são reais. A internet deixa rastro. Por isso, quase sempre chegamos a autoria desses crimes. A população tem que denunciar — afirmou o delegado.
Atenção aos filhos
Cuidado com o conteúdo que seus filhos têm acesso na internet. Caso eles usam sites de redes sociais, tenha sempre a ciência do que eles fazem com quem falam e sobre o que falam.
Bom demais...
Cuidado com e-mails de ofertas boas demais ou de produtos muito baratos.
Desconfie
Se você começar a receber e-mails de resposta de algo que você não enviou, desconfie.
Contas pessoais
Evite usar computadores de uso coletivo para acessar suas contas pessoais;
Extensões de arquivos
Cuidado com arquivos de extensões como “.exe”, “.rar” ,“.pif”, “.dll”, “.scr”, “.com” e “.zip”. É comum usuários mal intencionados enviarem arquivos com vírus disfarçados de música, filmes, programas etc.
Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/fraudes-online-fazem-77-mil-vitimas-por-dia-12527154.html#ixzz32AsptBNQ
O delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) Foto: Divulgação
Igor Ricardo
É comum ouvir, diante do comentário de que alguém foi vítima de um golpista, a frase “Mas eu nunca cairia num golpe desses”. Apesar disso, cerca de 77 mil brasileiros sofrem diariamente em fraudes online, de acordo com dados da empresa de antivírus Norton. A crença de que a autoria do delito não será descoberta é o principal motivo que leva uma pessoa a não denunciar a prática.
No conto da noiva russa, por exemplo, uma pessoa envolve a outra de tal maneira que a acaba convencendo de mandar dinheiro para uma conta bancária com a justificativa de que “ela” gostaria de vir ao Brasil visitar o “amante”. Certamente, tal jovem não era nem jovem, nem bela, e, talvez, nem mulher.
— A internet expõe a gente. As pessoas sabem o que você faz, seu cotidiano. Certa vez, fui apresentar um programa numa web TV, antes de entrevistar a personagem, eu analisei o perfil dela numa rede social. Quando ela chegou, já fui falando do que ela gostava de fazer, e ela ficou assustada com tudo que fui falando. Estamos expostos ao perigo — contou Gilmar Lopes, criador do blog E-Farsas e pesquisador da web desde o início da internet no Brasil.
Os crimes cibernéticos vão além do estelionato, porém. Ataques à honra, extorsão, pedofilia e apologia ao crime também são cometidos na rede. E toda delegacia é obrigada a registrar a ocorrência e investigar os crimes virtuais.
No Rio de Janeiro, desde 2000 a apuração de casos de maiores complexidades é feita pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI). De acordo com o titular da especializada, Alessandro Thiers, não existe uma classe social alvo dos crackers (indivíduo que usa seus conhecimentos para atos ilegais na web). Ainda segundo Thiers, mais de 40% dos casos ocorridos na internet são de crimes contra a honra. Seguido das fraudes de um modo geral e da pedofilia.
— Tudo que acontece no mundo virtual é real. São reais as empresas, as pessoas, elas podem não ser verdadeiras, mas são reais. A internet deixa rastro. Por isso, quase sempre chegamos a autoria desses crimes. A população tem que denunciar — afirmou o delegado.
Atenção aos filhos
Cuidado com o conteúdo que seus filhos têm acesso na internet. Caso eles usam sites de redes sociais, tenha sempre a ciência do que eles fazem com quem falam e sobre o que falam.
Bom demais...
Cuidado com e-mails de ofertas boas demais ou de produtos muito baratos.
Desconfie
Se você começar a receber e-mails de resposta de algo que você não enviou, desconfie.
Contas pessoais
Evite usar computadores de uso coletivo para acessar suas contas pessoais;
Extensões de arquivos
Cuidado com arquivos de extensões como “.exe”, “.rar” ,“.pif”, “.dll”, “.scr”, “.com” e “.zip”. É comum usuários mal intencionados enviarem arquivos com vírus disfarçados de música, filmes, programas etc.
Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/fraudes-online-fazem-77-mil-vitimas-por-dia-12527154.html#ixzz32AsptBNQ
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