REMATES DUVIDOSOS
Esquema de fraude de leilões é desvendado. Leiloeiro oficial, ex-funcionário de fórum e um PM foram presos ontem
Três pessoas suspeitas de integrarem uma suposta quadrilha especializada em fraudar leilões foram presas ontem em Crissiumal, no noroeste gaúcho. A operação Camaleão, deflagrada pela polícia civil, deteve, ao todo, nove pessoas e envolveu 40 agentes. Outro integrante do bando já havia sido preso em novembro. Entre os suspeitos, estão o ex-funcionário do fórum, José Paulo Gessinger, o policial militar Sérgio Gress Veivenberg, ambos de Crissiumal, e o leiloeiro oficial, Vilmar Bertoncellos, em Ijuí. No mês passado, o advogado Atanagildo José de Almeida Neto já havia sido preso.
Aorganização seria responsável por adquirir os imóveis a preços inferiores aos valores de mercado.
A ação consistia basicamente em comprar imóveis que iriam a leilão por preços bem inferiores aos de mercado. Para isso, os integrantes da quadrilha usariam também nomes de laranjas. Num primeiro momento, o cúmplice arrematava um imóvel, mas não pagava, o que resultava em novo leilão. Quando a outra venda pública se realizava, havia menos procura pelo imóvel. Era quando o grupo arrematava por um preço inferior ao de mercado.
Segundo o delegado William Dal Bosco Garcez, um imóvel avaliado em R$ 180 mil foi comprado por R$ 1,8 mil em 2006 e não havia sido registrado.
Há suspeitas inclusive de ameaça a herdeiros de inventário para a venda dos bens.
– Identificamos mais de 15 lotes de um terreno. Em todos eles, o grupo tinha adquirido uma procuração de compra e venda, nenhum no nome dos integrantes da quadrilha – comentou o delegado.
Os suspeitos responderão por crimes como estelionato, formação de quadrilha, fraude em arrematação judicial e sonegação fiscal. Até o início da noite de ontem, os presos não haviam confirmado quem seriam os advogados para suas defesas. O delegado não confirmou o conteúdo do depoimento dos suspeitos porque a investigação ainda prossegue.
Como agiam
Três pessoas suspeitas de integrarem uma suposta quadrilha especializada em fraudar leilões foram presas ontem em Crissiumal, no noroeste gaúcho. A operação Camaleão, deflagrada pela polícia civil, deteve, ao todo, nove pessoas e envolveu 40 agentes. Outro integrante do bando já havia sido preso em novembro. Entre os suspeitos, estão o ex-funcionário do fórum, José Paulo Gessinger, o policial militar Sérgio Gress Veivenberg, ambos de Crissiumal, e o leiloeiro oficial, Vilmar Bertoncellos, em Ijuí. No mês passado, o advogado Atanagildo José de Almeida Neto já havia sido preso.
Aorganização seria responsável por adquirir os imóveis a preços inferiores aos valores de mercado.
A ação consistia basicamente em comprar imóveis que iriam a leilão por preços bem inferiores aos de mercado. Para isso, os integrantes da quadrilha usariam também nomes de laranjas. Num primeiro momento, o cúmplice arrematava um imóvel, mas não pagava, o que resultava em novo leilão. Quando a outra venda pública se realizava, havia menos procura pelo imóvel. Era quando o grupo arrematava por um preço inferior ao de mercado.
Segundo o delegado William Dal Bosco Garcez, um imóvel avaliado em R$ 180 mil foi comprado por R$ 1,8 mil em 2006 e não havia sido registrado.
Há suspeitas inclusive de ameaça a herdeiros de inventário para a venda dos bens.
– Identificamos mais de 15 lotes de um terreno. Em todos eles, o grupo tinha adquirido uma procuração de compra e venda, nenhum no nome dos integrantes da quadrilha – comentou o delegado.
Os suspeitos responderão por crimes como estelionato, formação de quadrilha, fraude em arrematação judicial e sonegação fiscal. Até o início da noite de ontem, os presos não haviam confirmado quem seriam os advogados para suas defesas. O delegado não confirmou o conteúdo do depoimento dos suspeitos porque a investigação ainda prossegue.
Como agiam
- O ex-funcionário do fórum tomava conhecimento dos imóveis que iriam a leilão.
- Por meio de laranjas, a quadrilha adquiria os imóveis por um preço muito inferior ao valor de mercado.
- Em alguns casos, o bando ameaçava herdeiros de inventários, com o objetivo de adquirir os bens a um preço baixo.
- Após as aquisições, os imóveis eram revendidos ou até mesmo administrados pelo grupo.
SUA SEGURANÇA | HUMBERTO TREZZI
Lobos entre ovelhas
Que tal promover uma grande venda de bens administrados pelo poder público e fazer com que comparsas seus adquiram os bens leiloados, dividindo com eles o lucro?
Pois é isso, em resumo, que estaria ocorrendo em Crissiumal, conforme investigação que resultou na prisão de nove pessoas pela Polícia Civil, ontem. Feito lobos em pele de cordeiros, funcionários públicos da ativa e aposentados, advogados e até um policial estariam por trás do esquema.
Agiriam em nome do poder público, com informação privilegiada, lucrando de forma privada. Negócio perfeito, ao arrepio da lei. Pelo menos 20 imóveis teriam sido comprados desta forma, conforme a investigação.
O pior, nisso tudo, é que não falta mercado para quem se dispuser a falcatruas do gênero. Leilões acorrem a qualquer hora no Rio Grande do Sul, já que a lista de bens apreendidos pelo Judiciário nunca para de crescer.
De carros a tratores, de casas a lanchas. Isso é o pior, no golpe descoberto ontem: os servidores encarregados de zelar pelo bem apreendido eram os mentores da fraude. Inevitável que um clima de desconfiança perdure, após uma notícia dessas. Menos mal que a Polícia Civil cumpriu sua parte e interrompeu o esquema.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluireu comprei um veiculo em m leilão, nome leloescardoso fiquei noprejuiso pois o memo era fraude
ResponderExcluirCuidado com o site de leilões enepar.org São bandidos e já registrei boletim de ocorrência.
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