sexta-feira, 5 de abril de 2013

NÃO SEJA FIGADO NA INTERNET

ZERO HORA 05 de abril de 2013 | N° 17393

PESCA NA REDE

Declaração do IR e fim do MSN são algumas das iscas usadas em golpes virtuais, cada vez mais frequentes em todo o planeta



O Brasil não se destaca só pela grande quantidade de fraudes virtuais aplicadas a cada ano. Impressionam também a qualidade e o perfeccionismo dos golpes que os cibercriminosos vêm praticando na internet.

Em meio à corrida ao site da Receita Federal para a declaração do Imposto de Renda, os brasileiros devem ficar atentos aos falsos e-mails enviados por golpistas, com o objetivo de obter dados pessoais e bancários. De acordo com o diretor da Symantec, fabricante do antivírus Norton, André Carrareto, os criminosos aproveitam esse tipo de ocasião para atacar:

– Em períodos de declaração do IR, é comum chegarem na caixa de e-mail mensagens afirmando que houve algum erro no sistema e que o usuário precisa clicar em um determinado link para corrigir a declaração.

As fraudes não são novidade. Os golpes são conhecidos como “phishing” (remete a “pescaria”, em inglês), termo que indica o objetivo do fraudador: “pescar” os dados do usuário. Geralmente, os golpistas se fazem passar por empresas confiáveis, enviando comunicações “oficiais” por e-mail.

Segundo dados do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br), em 2012, o número de fraudes virtuais cresceu 72,3%, atingindo 69.578 ocorrências em todo o país. Em 2011, o balanço totalizou 40.381 casos. O número de fraudes bancárias, especificamente, cresceu 95% no ano.

Neste mês, outra isca vem sendo utilizada pelos falsários. Aproveitando-se da saída de cena do comunicador instantâneo MSN, prevista para abril, vários sites vêm usando a situação como forma de atrair novas vítimas.

Link malicioso leva internauta a site falso

A isca para atrair a vítima geralmente é a mesma: a curiosidade do usuário. O golpista tenta fazer o internauta acreditar que ganhou algum prêmio ou que está com uma dívida em aberto.

Para isso, utiliza a credibilidade de empresas como bancos e companhias aéreas. Ao clicar em um link malicioso, a vítima é direcionada a um site falso, onde, sem saber, acaba entregando informações sigilosas, como CPF, número e até senha do cartão de crédito.

Levantamento da Symantec mostra que mais de 1,5 mil sites são tirados do ar a cada 24 horas em todo o mundo por conterem códigos maliciosos. Mas os perigos não estão só nos e-mails e páginas desconhecidos. As redes sociais também estão se tornando cenário para os golpes. Com tanta informação pessoal disponível, os ataques estão personalizados e também visam a roubar senhas e infectar máquinas.

CADU CALDAS







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