segunda-feira, 2 de setembro de 2013

GOLPE DO GERENTE APLICADO EM CLIENTES DE BANCO

ZERO HORA 02/09/2013 | 01h15

Golpe aplicado em clientes de banco era praticado havia cinco anos na Capital. Gerente de agência e sua amante foram presos em São Paulo pela Polícia Civil gaúcha


Márcio e Silvana foram presos em uma cobertura de luxo em São PauloFoto: Polícia Civil / Divulgação
Cristiane Bazilio

Correção: Este site informou equivocadamente que o posto do Santander fica dentro do Colégio Marista Rosário. Na verdade, o posto fica ao lado da instituição, em outro prédio da Avenida Independência. O texto foi corrigido.


A Polícia Civil acredita que o golpe, estimado em R$ 30 milhões, aplicado em clientes do banco Santander pelo gerente do Posto de Atendimento Bancário que funciona ao lado do Colégio Rosário, na Capital, Márcio Martins Prunzel, 43 anos, era praticado havia pelo menos cinco anos.

Ele foi preso sexta-feira em uma cobertura de luxo em São Paulo, onde vivia há pouco mais de um mês com a amante e comparsa Silvana Viviane Menna de Aquino, 29 anos, com quem tem um filho de 8 anos. Segundo a Delegacia de Roubos do Deic, que desde julho investiga o caso, ainda não se sabe quanto desse valor Márcio se apropriou.

- Ele estava à frente do posto havia 20 anos e era o único servidor do local. Por conta da confiança que os clientes depositavam nele, Márcio os convencia a fazer aplicações financeiras que, na verdade, não existiam - conta o titular da Roubos, delegado Joel Wagner.

Além dos correntistas, Márcio também lesou a instituição financeira num valor estimado em R$ 1,2 milhão. Com mandado de prisão preventiva decretado, o gerente foi encaminhado ao Presídio Central, e Silvana, à Penitenciária Feminina Madre Pelletier.

ZERO HORA 02 de setembro de 2013 | N° 17541

GOLPE EM BANCO. Dinheiro desviado de falsas aplicações. Gerente de agência e companheira foram presos em São Paulo pela polícia


A Polícia Civil acredita que um golpe, estimado em R$ 30 milhões, aplicado em clientes do banco Santander pelo gerente de um posto de atendimento na Capital, era praticado havia pelo menos cinco anos. Márcio Martins Prunzel, 43 anos, foi preso sexta-feira em uma cobertura de luxo em São Paulo, onde vivia há cerca de um mês com a companheira e comparsa Silvana Viviane Menna de Aquino, 29 anos, com quem tem um filho de oito anos.

Segundo a Delegacia de Roubos do Deic, que desde julho investiga o caso, ainda não se sabe quanto desse total Márcio se apropriou.

– Ele estava à frente do posto havia 20 anos e era o único servidor do local. Nunca aceitou promoções, justamente para se manter ali. Nesse período, adquiriu imóveis como apartamentos e sítios, além de automóveis – conta o titular da Roubos, delegado Joel Wagner.

O delegado explica como o estelionatário agia:

– Por conta da confiança que os clientes depositavam nele, Márcio os convencia a fazer aplicações financeiras que, na verdade, não existiam. Ele sacava o dinheiro das contas, utilizando tanto a assinatura dos clientes, sem que soubessem do que se tratava, quanto assinaturas falsificadas.

Além dos correntistas, Márcio também lesou a instituição financeira em um valor estimado em R$ 1,2 milhão. Em seguida, saiu de férias e desapareceu.

Começou, a partir daquele momento, a investigação policial, depois de denúncia do próprio banco Santander. A reportagem entrou em contato com a assessoria do banco ontem, mas não obteve retorno.

– Ele pediu férias no banco, abandonou a mulher, o apartamento no bairro Santo Antônio, e fugiu com Silvana. Hospedaram-se, primeiro, em um hotel, ainda em Porto Alegre, depois, foram para São Paulo, onde ela tem familiares – detalha Wagner.

Possibilidade de formação de quadrilha é investigada

Com prisão preventiva decretada, Márcio foi levado ontem ao Presídio Central, e Silvana, à Penitenciária Feminina Madre Pelletier.

– Os dois vão responder por estelionato, furto qualificado, falsificação de documentos e não está descartada a possibilidade de formação de quadrilha, se comprovada a participação de outras pessoas no esquema. No caso de bens que, por ventura, estejam em posse deles, vamos pedir o sequestro, para que, futuramente, num processo criminal ou civil, essas vítimas (correntistas e banco) sejam indenizadas – completa o delegado.

CRISTIANE BAZILIO

COMO ERA FEITO - Márcio aplicava uma variante do esquema conhecido como “pirâmide”

- O gerente convencia os clientes a investirem em falsas aplicações e pegava o dinheiro para si.

- Ele mantinha uma contabilidade paralela à do banco e, assim, conseguia sanar dúvidas dos correntistas, que continuavam acreditando que seu dinheiro estava aplicado.

- Se um cliente solicitasse a retirada do dinheiro, Márcio sacava o valor do investimento feito por outro correntista e, para tapar o rombo, convencia novos clientes a investirem. Assim, funciona o esquema “pirâmide”, em que cada vez mais pessoas são atraídas para o golpe, a fim de tapar os buracos deixados pelo dinheiro desviado.

- Quando ficou quase impossível atrair mais clientes e tapar os buracos deixados nas contas dos correntistas, Márcio desviou R$ 1,2 milhão do próprio Santander, pediu férias e desapareceu.

- O sumiço chamou a atenção do banco e revelou a fraude. O Santander registrou queixa no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e desencadeou a investigação. A polícia investiga o quanto desses R$ 30 milhões foi aplicado por Márcio.

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