sábado, 22 de dezembro de 2012

DINHEIRO SUJO PRIVA TRILHÕES DE PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO


O ESTADO DE SÃO PAULO, 18 de dezembro de 2012 | 11h 32

'Dinheiro sujo' priva países em desenvolvimento de US$ 6 tri, diz ONG

Por Stella Dawson




WASHINGTON, 18 Dez (TrustLaw) - A criminalidade, a corrupção e a sonegação fiscal custaram quase 6 trilhões de dólares aos países em desenvolvimento na última década, e a quantia continua crescendo, principalmente na China, disse uma entidade fiscalizadora em um novo relatório divulgado na segunda-feira.

A China foi a origem de quase metade dos 858,8 bilhões de dólares em "dinheiro sujo" transferidos para paraísos fiscais e bancos ocidentais em 2010, o que representa mais de oito vezes mais do que os segundos colocados, Malásia e México. O fluxo total de valores ilícitos cresceu 11 por cento em relação ao ano anterior, segundo a ONG Integridade Financeira Global (GFI), com sede em Washington.

"Somas astronômicas de dinheiro sujo continuam fluindo do mundo em desenvolvimento para paraísos fiscais ‘offshore' e bancos de países desenvolvidos", disse Raymond Baker, diretor da ONG.

"Os países em desenvolvimento sofrem uma hemorragia de cada vez mais dinheiro, num momento em que nações ricas e pobres tentam igualmente estimular o crescimento econômico. Este relatório deve ser um toque de alerta para aos líderes mundiais para que se faça mais para resolver essas saídas nocivas", afirmou Baker.

Índia, Nigéria e Filipinas entraram neste ano para o "top 10" da fuga de capitais ilícitos. Todos os países nesse grupo enfrentam graves problemas de corrupção, e na maioria deles há também vastas desigualdades sociais e problemas de segurança interna.

Os líderes do G20 (grupo das 20 maiores economias mundiais) cada vez mais discutem formas de reprimir a lavagem de dinheiro, o sigilo bancário e brechas tributárias, a fim de evitar que a corrupção e outros crimes esvaziem os cofres dos países em desenvolvimento.

Para que se tenha uma ideia do volume envolvido, a cada dólar de ajuda internacional direta, dez dólares saem dos países em desenvolvimento.

A China perdeu 420,4 bilhões de dólares em 2010, e o total em uma década chega a 2,74 trilhões de dólares.

Ciente do impacto desestabilizador da corrupção, os líderes chineses decidiram agir. O presidente Hu Jintao recentemente alertou que a corrupção poderá destruir o Estado chinês e seu regime comunista.

"Nosso relatório continua demonstrando que a economia chinesa é uma bomba-relógio", disse Dev Kar, economista-chefe da GFI, que compilou o relatório. "A ordem social, política e econômica naquele país não é sustentável em longo prazo, dada a enorme fuga de quantias ilícitas."

IGREJA FANTASMA MOVIMENTA R$ 400 MILHÕES


MPF denuncia três por igreja fantasma que movimentou R$ 400 milhões. Esquema seria usado como 'bureau de serviços' para evasão de divisas e lavagem de dinheiro

Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo, 20/12/2012


O Ministério Público Federal em São Paulo ofereceu denúncia à Justiça contra três integrantes de uma organização especializada em crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de divisas e falsidade ideológica.


O grupo se utilizou de uma igreja fantasma - com registro oficial, mas sem templo nem fiéis - por meio da qual movimentou R$ 400 milhões. A Polícia Federal apurou que 687 pessoas, em diversas localidades e sem nenhuma renda declarada, receberam recursos da "igreja".

Para a procuradora da República Karen Louise Jeanette Kahn, autora da denúncia, as provas recolhidas durante a Operação Lava Rápido, da Polícia Federal, mostraram que os acusados operavam um verdadeiro "nascedouro de empresas de fachada", utilizadas para a prática de vários crimes.

A investigação teve início quando a Receita identificou fatos ocorridos entre 2008 e 2011 - um complexo esquema de atividades ilícitas comandado por uma organização criminosa que contava com a participação de servidores públicos estaduais.

O Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) também mapeou empresas de fachada utilizadas pelo grupo. Essas empresas enviavam valores para os Estados Unidos, à margem dos sistemas oficiais e de controle e monitoramento.

Foram denunciados à Justiça Federal um empresário, um economista e um contador. Um denunciado era o responsável pela "igreja de papel", que entre 2005 e 2009 movimentou R$ 400 milhões. No local indicado como endereço da igreja funcionava uma academia de ginástica. A falsa organização religiosa era comandada por laranjas que nem sequer sabiam de sua existência. O responsável pela "igreja" também cuidava de outras nove empresas, que movimentaram recursos superiores a R$ 500 milhões.

As empresas funcionavam como "verdadeiro bureau de serviços" para a efetivação dos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro de atividades supostamente ilícitas de clientes. como empresas de comercio exterior, construção civil, do setor esportivo, representantes de falsas associações e do setor agropecuário.

Durante a investigação, apurou-se que falsas associações eram utilizadas para aplicar golpes de estelionato, como a Associação Nacional da Industria e Comércio e a Associação Comercial e Industrial do Estado de São Paulo. Tais associações emitiam boletos cobrando anuidades e se utilizavam da conta da falsa organização religiosa para movimentarem dinheiro, segundo a denúncia da Procuradoria da República.

domingo, 16 de dezembro de 2012

A CULTURA DA FRAUDE

ZERO HORA 16 de dezembro de 2012 | N° 17285


EDITORIAIS


A Polícia Federal prendeu na última semana 46 suspeitos de participação em sete quadrilhas que fraudavam vestibulares de Medicina em 11 Estados brasileiros. As organizações criminosas, que contavam com a liderança e a operação de médicos, enfermeiros, empresários, estudantes da área da saúde e de Direito, utilizavam esquemas sofisticados, como pontos eletrônicos, e também falsificavam documentos para que pessoas melhor capacitadas substituíssem os candidatos nas provas. Em um ano e meio, período da investigação, os criminosos fraudaram mais de 50 processos seletivos em universidades prestigiadas do país, quase todas particulares.

No momento em que o país recebe um sopro de decência, com a condenação pelo Supremo Tribunal Federal de políticos, empresários e servidores que traíram a confiança dos cidadãos, episódios como esse da fraude estudantil merecem ser evidenciados para que os brasileiros se vacinem contra a cultura da desonestidade. Guardadas as proporções, a distinção entre mensaleiros e estudantes que ludibriam as regras sociais está apenas na consequência dos seus atos – isso quando um profissional formado na base do jeitinho e do logro não causa danos tão irreparáveis aos pacientes quanto aqueles provocados por políticos corruptos que desviam recursos públicos para o próprio bolso.

Colar numa prova escolar parece uma coisa insignificante, mas não deixa de ser um indício de má formação moral. Pagar alguém para fazer o vestibular em seu nome – um passo adiante da cola – já entra no terreno do crime, pois envolve falsidade ideológica e corrupção. Os casos investigados pela Operação Calouro, assim identificada pela Polícia Federal, envolvem um esquema tão planejado, que havia inclusive tabela de preços diferenciada para o serviço contratado pelo “cliente”. Na opção VIP, o contratante sequer precisava sair de casa, pois os criminosos falsificavam documentos e mandavam alguém qualificado fazer a prova por ele. E cobravam entre R$ 45 mil e R$ 80 mil. Na modalidade mais popular, os próprios candidatos faziam o exame, mas recebiam as respostas por meio de pontos eletrônicos. Pagavam entre R$ 25 mil e R$ 40 mil.

Evidentemente, os quadrilheiros flagrados em delito merecem punição rigorosa, como prevê a legislação penal. Mas os beneficiários da fraude também deveriam ser exemplarmente sancionados, de preferência com visibilidade que desestimule outros jovens a seguir o mau passo. A penalização didática se impõe porque dificilmente um estudante entra numa falcatrua dessas sem o respaldo familiar, seja por incentivo, seja por omissão. Por fim, é indispensável que as instituições educacionais reforcem seus mecanismos de controle para garantir lisura e equidade nas disputas por vagas no Ensino Superior, mas a principal prevenção, inquestionavelmente, é uma boa educação familiar.

sábado, 15 de dezembro de 2012

LEILÕES: GOLPE, FRAUDE E AMEAÇAS

ZERO HORA 15 de dezembro de 2012 | N° 17284

REMATES DUVIDOSOS

Esquema de fraude de leilões é desvendado. Leiloeiro oficial, ex-funcionário de fórum e um PM foram presos ontem


Três pessoas suspeitas de integrarem uma suposta quadrilha especializada em fraudar leilões foram presas ontem em Crissiumal, no noroeste gaúcho. A operação Camaleão, deflagrada pela polícia civil, deteve, ao todo, nove pessoas e envolveu 40 agentes. Outro integrante do bando já havia sido preso em novembro. Entre os suspeitos, estão o ex-funcionário do fórum, José Paulo Gessinger, o policial militar Sérgio Gress Veivenberg, ambos de Crissiumal, e o leiloeiro oficial, Vilmar Bertoncellos, em Ijuí. No mês passado, o advogado Atanagildo José de Almeida Neto já havia sido preso.

Aorganização seria responsável por adquirir os imóveis a preços inferiores aos valores de mercado.

A ação consistia basicamente em comprar imóveis que iriam a leilão por preços bem inferiores aos de mercado. Para isso, os integrantes da quadrilha usariam também nomes de laranjas. Num primeiro momento, o cúmplice arrematava um imóvel, mas não pagava, o que resultava em novo leilão. Quando a outra venda pública se realizava, havia menos procura pelo imóvel. Era quando o grupo arrematava por um preço inferior ao de mercado.

Segundo o delegado William Dal Bosco Garcez, um imóvel avaliado em R$ 180 mil foi comprado por R$ 1,8 mil em 2006 e não havia sido registrado.

Há suspeitas inclusive de ameaça a herdeiros de inventário para a venda dos bens.

– Identificamos mais de 15 lotes de um terreno. Em todos eles, o grupo tinha adquirido uma procuração de compra e venda, nenhum no nome dos integrantes da quadrilha – comentou o delegado.

Os suspeitos responderão por crimes como estelionato, formação de quadrilha, fraude em arrematação judicial e sonegação fiscal. Até o início da noite de ontem, os presos não haviam confirmado quem seriam os advogados para suas defesas. O delegado não confirmou o conteúdo do depoimento dos suspeitos porque a investigação ainda prossegue.


Como agiam

- O ex-funcionário do fórum tomava conhecimento dos imóveis que iriam a leilão.

- Por meio de laranjas, a quadrilha adquiria os imóveis por um preço muito inferior ao valor de mercado.

- Em alguns casos, o bando ameaçava herdeiros de inventários, com o objetivo de adquirir os bens a um preço baixo.

- Após as aquisições, os imóveis eram revendidos ou até mesmo administrados pelo grupo.



SUA SEGURANÇA | HUMBERTO TREZZI

Lobos entre ovelhas

Que tal promover uma grande venda de bens administrados pelo poder público e fazer com que comparsas seus adquiram os bens leiloados, dividindo com eles o lucro?

Pois é isso, em resumo, que estaria ocorrendo em Crissiumal, conforme investigação que resultou na prisão de nove pessoas pela Polícia Civil, ontem. Feito lobos em pele de cordeiros, funcionários públicos da ativa e aposentados, advogados e até um policial estariam por trás do esquema.

Agiriam em nome do poder público, com informação privilegiada, lucrando de forma privada. Negócio perfeito, ao arrepio da lei. Pelo menos 20 imóveis teriam sido comprados desta forma, conforme a investigação.

O pior, nisso tudo, é que não falta mercado para quem se dispuser a falcatruas do gênero. Leilões acorrem a qualquer hora no Rio Grande do Sul, já que a lista de bens apreendidos pelo Judiciário nunca para de crescer.

De carros a tratores, de casas a lanchas. Isso é o pior, no golpe descoberto ontem: os servidores encarregados de zelar pelo bem apreendido eram os mentores da fraude. Inevitável que um clima de desconfiança perdure, após uma notícia dessas. Menos mal que a Polícia Civil cumpriu sua parte e interrompeu o esquema.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

FALCATRUAS SA


ZERO HORA 13 de dezembro de 2012 | N° 17282

Especializados em enganar e falsificar documentos

Organizado como empresa, grupo desbaratado pela polícia aplicava golpes e pirateava produtos de grife


EDUARDO TORRES


Tudo funcionava como uma empresa. Tinha proprietários, supervisores, agentes e até contador. Mas todos dedicados ao estelionato de diversas formas. A quadrilha foi desbaratada ontem após seis meses de investigação da Delegacia Fazendária da Polícia Civil.

A partir do casal Luis Benoni Melo Carvalho e Janaína Suziak, presos temporariamente em casa, ontem pela manhã, no bairro Jardim Algarve, em Alvorada, a polícia identificou mais de 30 “funcionários” que atuavam nos ramos de falsificação de documentos, golpes contra financeiras, bancos e o programa Minha Casa Minha Vida e distribuição de produtos piratas no centro de Porto Alegre. Na ação que mobilizou 350 policiais, 25 suspeitos foram presos.

Com a chegada à origem de um documento adulterado, os investigadores descobriram que aquela era apenas uma ponta do conglomerado especializado em fraudes.

– Eles atuavam basicamente no Centro. Era a partir dali, com a propaganda de boca a boca, que tramavam os golpes, cooptavam “laranjas” e faziam suas vítimas – diz o delegado.

O “escritório” era um bar na Rua Riachuelo, no centro da Capital. Entre uma cerveja e outra, surgiam as oportunidades para encaminhar novos negócios.

Para o delegado Daniel Mendelski, que comandou a Operação Banco Imobiliário pela Delegacia Fazendária, é difícil precisar o montante dos lucros dos criminosos.

– Essa era a atividade deles. Chegavam ao bar de manhã e decidiam: “agora vamos aplicar uma financeira”, ou “está chegando o final de semana, vamos fazer um crediário”. E faziam tudo com os documentos frios – exemplificou Daniel Mendelski.

Tudo era organizado. Quem fazia os golpes, devia satisfações ao casal. Por vezes, quem ficava na linha de frente do esquema nem tinha contato com a liderança. E, exatamente como uma firma, a maior parte dos lucros nos golpes ia para as mãos dos líderes. Além dos presos em Alvorada, a ação de ontem teve prisões nos bairros Rubem Berta e Partenon, e em Guaíba e Canoas.





Como agiam
MINHA CASA, MINHA VIDA
- Os alvos da quadrilha eram pessoas de baixa renda, em especial, na zona sul da Capital. Nessa área, o homem conhecido como Bira garantia que trabalhava como representante autorizado pela Caixa para agilizar aprovações de financiamentos pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Para isso, exigia o pagamento de “reforços”, que giravam em torno de R$ 500, como forma de garantir a aprovação junto ao órgão federal. Mas as vítimas nunca recebiam aprovação ou viam a cor da casa.
- Famílias de baixa renda, na verdade, não precisam da figura do facilitador. Uma vez inscritas no Demhab, é o órgão municipal quem faz a primeira avaliação da renda e das condições da família e encaminha o processo até Brasília. Uma vez aprovado, a pessoa é contatada diretamente pela Caixa ou pelo Demhab.
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS
- Um dos presos na ação seria o responsável pelo maquinário gráfico do bando. E as falsificações eram as mais abrangentes possíveis. De talões de cheques frios, que chegavam a ser vendidos por apenas R$ 15, até carteiras de identidade, CNHs, comprovantes de residência e de renda.
- A operação geralmente era iniciada nos bares do Centro. Havia pessoas encarregadas de cooptar potenciais “laranjas”. Estes “vendiam” por quantias irrisórias (até R$ 100) o nome e o CPF, sem restrições de crédito. Parte do bando tinha a sua atuação limitada à confecção e venda dos documentos falsos.
INDÚSTRIA DE GOLPES
- Os investigadores seguiram a trilha do financiamento jamais pago. Quando chegaram ao suposto proprietário (e devedor), descobriram que se tratava de um andarilho cooptado no “escritório” da firma falcatrua. Em troca de algumas cervejas, ele teria emprestado seus dados.
- Usando documentos frios, os criminosos adquiriam carros, eletrodomésticos, roupas e empréstimos em bancos e financeiras.
PIRATARIA
- A suspeita da polícia é de que o Camelódromo fosse o principal escoadouro do quarto braço da quadrilha. Eles haviam se tornado fornecedores de produtos piratas, em especial tênis e roupas de grifes famosas. A origem dos produtos e o volume comercializado ainda são investigados.
- Na ação de ontem, os agentes chegaram aos depósitos da pirataria.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

GOLPE MILIONÁRIO NO INSS


ZERO HORA 04 de setembro de 2012 | N° 17182

PREJUÍZO MILIONÁRIO
Atestados falsos e um rombo no INSS. Investigação aponta que médico psiquiatra vendia documentos a R$ 140

THIAGO TIEZE 

Após cinco meses de investigação e outros quatro analisando informações, a Operação Blindagem II, realizada pela Polícia Federal (PF) e pela Previdência Social, apontou suspeitas de fraude em 945 benefícios que, distribuídos por 12 cidades do Estado e de Santa Catarina, chegam R$ 47,9 milhões. O grupo responsável pelo golpe milionário tem como peça central um médico psiquiatra que vendia laudos atestando doenças psiquiátricas por valores entre R$ 120 e R$ 140.

Ainvestigação apontou também o envolvimento de dois advogados e de um despachante previdenciário. Foram rastreados benefícios irregulares concedidos desde 2003. Conduzida pela delegada federal Ilienara Cristina Karas, da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários, a operação identificou irregularidades em benefícios concedidos pelas agências de Porto Alegre, Santa Maria, Uruguaiana, Pelotas, Passo Fundo, Novo Hamburgo, Ijuí, Caxias do Sul, Canoas, Florianópolis, Criciúma e Chapecó:

– É o crime previdenciário mais em voga, porque o auxílio por doença psiquiátrica é muito difícil de você comprovar o contrário. Não há exame clínico ou laboratorial que prove a inexistência desse tipo de enfermidade.

O volume da fraude surpreendeu a própria delegada, que há 10 anos lida com esse tipo de crime:

– Ele (o médico) dava atestado de 15 em 15 minutos.

As investigações demonstraram que não havia servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) envolvidos. Os benefícios estão sendo analisados pelo órgão e, se comprovada a fraude, serão cassados. Depois, o resultado da investigação será encaminhado ao Ministério Público Federal. Os beneficiados poderão responder por estelionato contra a Previdência. Os advogados, o médico e o despachante, além de estelionato, são suspeitos de falsidade de documento público e fraude processual.

A investigação começou em novembro, e a Blindagem II foi deflagrada em março deste ano, quando se estimou que o quarteto tivesse fraudado em torno de R$ 3 milhões. Na época, médico, advogados e despachante tiveram a suspensão de exercício de atividade econômica determinada (não puderam atuar em suas áreas) pela Justiça. Após recurso, a suspensão foi cassada.


O golpe

- O médico psiquiatra, que atende em Porto Alegre, era ajudado por dois advogados e um despachante previdenciário.
- As pessoas chegavam ao médico de duas formas: por indicação dos outros três comparsas ou por meio de outros clientes.
- O médico expedia atestados de doenças psiquiátricas inexistentes nos clientes, cobrando entre R$ 120 e R$ 140. Às vezes, os clientes nem sequer compareciam ao consultório, recebendo o documento pelos Correios.
- Com o atestado, os clientes iam às agências do INSS no Estado ou em Santa Catarina e entravam com pedidos de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

VÍTIMAS DE CRIMES ELETRÔNICOS


 CORREIO DO POVO 16/07/2012 08:22

A cada dia, 77 mil brasileiros são vítimas de crime eletrônico




Oito em cada dez internautas já sofreram golpes on-line. Entre os crimes mais comuns, está xingamento em redes sociais

A cada dia, pelo menos 77 mil brasileiros são vítimas de algum crime virtual, segundo relatório da empresa especializada em segurança de computadores Symantec-Norton. Em 2011, mais de 80% dos usuários adultos de Internet no Brasil foram vítimas de crimes cibernéticos, como invasão de perfis em redes sociais e vírus. O número de vítimas diárias no mundo chega a 1 milhão, com prejuízo anual de 388 bilhões de dólares. Só no Brasil, são 60 bilhões de dólares - no País, oito em cada dez internautas disseram já ter sofrido golpes on-line.

Segundo o titular da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos, delegado Marcínio Tavares Neto, as fraudes mais comuns envolvem conta corrente, vendas sem a entrega da compra, links que corrompem o computador e xingamento nas redes sociais. O diretor do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Emerson Wendt, orienta a manter o sistema operacional e de segurança atualizados; não clicar em documentos; atenção ao escolher senhas; desconectar após acessar e-mails e sites; em compra na web, verificar a idoneidade da empresa; evitar dados pessoais em sites não confiáveis.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

FIÉIS LESADOS


ZERO HORA 13 de julho de 2012 | N° 17129

Pastores são presos por golpe. Atraídas por ofertas vantajosas de veículos, vítimas sofreram prejuízo de R$ 20 milhões no Brasil, dos quais 1,2 milhão no RS - RÓGER RUFFATO | Veranópolis


Entre pregações e a coordenação de igrejas evangélicas, pastores ganhariam a vida iludindo fiéis pelo Brasil. No Rio Grande do Sul, pelo menos 40 pessoas foram lesadas em R$ 1,2 milhão. Uma mulher apontada como mentora do golpe está foragida.

Chamada de Deus Tá Vendo, uma operação da Polícia Civil gaúcha cumpriu cinco mandados de prisão temporária durante a tarde de quarta-feira em Itajaí (SC), Ponta Grossa (PR) e São Gonçalo (RJ). Os pregadores dessas regiões são suspeitos de participar de um esquema de venda fraudulenta de veículos que teria arrecadado cerca de R$ 20 milhões em todo o Brasil.

As denúncias chegaram à Polícia Civil depois que um policial e um familiar do delegado titular de Veranópolis, Marcelo dos Santos Ferrugem, caíram no golpe. As investigações tiveram início em novembro de 2011.

– Continuaremos as buscas pela mulher e solicitaremos à Justiça de Veranópolis a prorrogação das prisões temporárias de todos suspeitos, por mais cinco dias – destacou o delegado regional, Paulo Roberto Rosa da Silva.

Para o cumprimento dos mandados de prisão, cinco delegados e 11 agentes gaúchos participaram das diligências, além do reforço das polícias dos demais Estados. Os pastores detidos foram recolhidos ao Presídio Regional de Nova Prata e devem responder por estelionato, formação de quadrilha e falsificação de documentos.

As vítimas gaúchas são na grande maioria de Veranópolis, onde residem 37 delas. Há mais duas de Bento Gonçalves e uma de Nova Prata. O grupo aplicava os golpes também em Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. A polícia não divulgou o nome dos presos.



ENTREVISTA- “Jamais desconfiaria de um amigo e pastor”

Nivaldo Penso - Vítima do golpe


O empresário de Bento Gonçalves Nivaldo Penso, 42 anos, foi vítima do golpe e detalhou o esquema ao Jornal Pioneiro. Confira a entrevista:

Jornal Pioneiro – Como a oferta de compra de veículos foi feita?

Nivaldo Penso – Quem me ofereceu foi um amigo pessoal que frequentava a minha casa e, inclusive, viajávamos juntos com as famílias. Jamais poderia desconfiar de um amigo e pastor. Ele tinha uma planilha de venda com os modelos e valores. Negociei um ônibus no valor de R$ 25 mil e uma caminhonete por R$ 20 mil.

Pioneiro – Como era feito o pagamento?

Penso – Sempre com depósito à vista. Um dos valores foi pedido que eu depositasse na conta da Igreja Presbiteriana Viva, do Rio de Janeiro, e o outro na conta de uma pessoa física ligada à Igreja Assembleia de Deus Bom Retiro, em São Paulo. Como ele disse que os carros foram doados para a igreja pela Receita Federal, não estranhei naquele momento a forma de pagamento ou os valores.

Pioneiro – Quando você passou a desconfiar que se tratava de um golpe?

Penso – Eles tinham prometido a entrega dos veículos para 30 dias a partir da data do depósito, mas, passou o prazo, e nada. Entrei em contato e sempre protelavam mais a entrega. Diziam que era um processo lento e que era para ter calma. Começaram a inventar desculpas. Então, soube por conhecidos que outras pessoas também passavam pelo mesmo problema, em Veranópolis, e fui atrás delas.

Como funcionava
- Uma mulher, que se apresentava como juíza da Receita Federal no Rio de Janeiro ou como auditora do órgão, se aproximava de pastores evangélicos de vários Estados e fazia uma proposta de trabalho.
- Ela fornecia aos pastores uma listagem contendo modelos e preços de carros, caminhonetes, caminhões e ônibus. Os preços eram mais de 50% abaixo do preço de mercado.
- Caso eles vendessem um determinado número de veículos, receberiam uma comissão e um carro ao término das vendas. A justificativa para o preço era de que se tratava de veículos doados pela Receita Federal para serem vendidos entre as igrejas.
- Os pastores por sua vez usavam as planilhas para oferecer os veículos para um grupo pequeno de pessoas, normalmente amigos e um número reduzido de fiéis, para não alarmar.
- Os pagamentos eram sempre à vista, com depósitos em conta de igrejas ou laranjas. Normalmente, o dinheiro ficava poucas horas na conta e era repassado para a mulher que, segundo a polícia, seria a gerente de operações do grupo.
- Os carros, que nunca existiram, não eram entregues, e as vítimas passaram a cobrar dos pastores. Algumas reuniões chegaram a ser marcadas como tática para acalmar as pessoas que seguiram sem os bens.
Fonte: Fonte: Polícia Civil

terça-feira, 3 de julho de 2012

GOLPE DE LARANJAS ATINGE BANCO

 
ZERO HORA 03 de julho de 2012 | N° 17119

FANTASMAS DO CRIME

Bancos são vítimas de golpe de R$ 1 milhão

Quadrilha usava laranjas e documentos falsos para captar empréstimos - EDUARDO TORRES

Morando em áreas nobres da Capital, eles se apresentavam como empresários. Mas, conforme uma investigação policial de três meses, eles montaram um complexo esquema de falsificações de documentos e lavagem de dinheiro que deixou para trás um prejuízo ao sistema bancário de pelo menos R$ 1 milhão.

Na manhã de ontem, três das sete pessoas apontadas pela Polícia Civil como líderes da quadrilha foram presas temporariamente, na Operação Caça-Fantasmas. O líder seria um homem de 29 anos, morador do bairro Bela Vista. Ele não foi capturado.

O esquema consistia no uso de nomes de laranjas para alterar o corpo societário e a razão social de empresas com CNPJs muito antigos e em desuso na Junta Comercial. A polícia acredita que boa parte dos donos dessas empresas é de baixa renda e tenha sido também vítima. Em média, cada empréstimo chegava a R$ 200 mil. As supostas empresas ofereciam veículos (em muitos casos, semirreboques) como garantia de patrimônio para cobrir as dívidas no momento de pedir os empréstimos. O problema é que os veículos nunca existiram.

– Eles apresentavam uma documentação correta dos veículos, como se os semirreboques tivessem sido fabricados para a empresa. Até que os bancos fossem cobrar, já era tarde – diz o delegado Ajaribe Rocha Pinto.

Os nomes dos suspeitos e dos bancos lesados não foram divulgados pela polícia. O que os investigadores ainda não sabem é o nível de envolvimento das empresas autorizadas pelo Detran para fornecer o registro dos veículos.

– Podem ter sido vítimas do golpe ou participantes. A partir da operação, tenho certeza que aparecerão mais vítimas, e os valores de prejuízo devem ser ainda maiores – afirmou o delegado.


Empresário preso seria o mentor do esquema

Na manhã de ontem, o suspeito apontado como mentor dos golpes contra o sistema bancário foi preso pelos agentes da 15ª DP. O homem de 54 anos seria proprietário de uma locadora de veículos em Porto Alegre. De acordo com a polícia, ele teria ensinado o restante do bando a forjar o golpe.

– A partir do que eles conseguiam nos bancos, custeavam a compra de novos veículos, viagens e todo tipo de bens – explicou o delegado Ajaribe Rocha Pinto.

Também foram capturadas duas mulheres. Uma delas, de 52 anos, era a contadora do grupo. A outra, de 24 anos, seria namorada de um dos líderes da quadrilha. Ela guardava as documentações e possivelmente providenciava falsificações para eles. Além do líder da quadrilha, os policiais ainda buscam envolvidos nos golpes em Alvorada, Viamão e Esteio.

O esquema
- Estelionatários descobriam documentos de empresas antigas, que muitas vezes nem sequer estão em atividade, mas seguem cadastradas na Junta Comercial.
- Mudavam a razão social e incluíam o nome de um dos golpistas como sócio.
- O grupo aumentava o chamado capital social da empresa, e então procurava bancos em busca de empréstimos, alegando que investiria o dinheiro na firma.
- Como garantia, davam documentos de veículos (entre eles, tratores e máquinas).
- Aparentemente, os veículos eram regulares (a polícia ainda investiga).
- Os bancos só descobriam o esquema quando as primeiras faturas não eram pagas.


sábado, 2 de junho de 2012

GOLPE DA CARTEIRA DE ESTUDANTE

CORREIO DO POVO 02/06/2012 09:35

Dupla que aplicou golpe em mais de 10 mil estudantes é detida em Minas Gerais


Homens se passavam por representantes da UNE e venderam carteiras falsas a alunos gaúchos


Dois homens foram presos acusados de aplicarem golpes em mais de 10 mil estudantes de escolas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Segundo o jornal Hoje em Dia, os suspeitos se passavam por representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e recolhiam documentos e dinheiro de alunos de escolas públicas, prometendo confeccionarem carteiras de estudante. Eles foram detidos em Patrocínio, no Sul de Minas Gerais.

Conforme o comandante do 46º Batalhão da Polícia Militar (PM), major Jarbas de Souza, dois homens chegaram em Patrocínio na terça-feira se apresentando como representantes da UNE. Eles foram a uma escola e apresentaram um documento falso da Secretaria Estadual de Educação indicando que ambos poderiam cadastrar os alunos na entidade. Desconfiado, o superintendente de ensino do município acionou a polícia.

Dionatham Dorneles, de 28 anos, e José Bruno Fernandes de Abreu, de 23, permanecem presos na Penitenciária de Patrocínio. Há mais de 40 dias eles eram procurados pela polícia. "Eles iam até escolas públicas e cobravam R$ 8 em dinheiro para cada aluno que desejasse adquirir a carteirinha. Só em uma escola de Patrocínio, eles já haviam aplicado o golpe em 90 estudantes", revelou Souza.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

EMPRESAS DE FACHADA

FRAUDE DESFEITA. Grupo utilizava empresas de fachada para dar golpe. Conforme investigação, quadrilha de estelionatários teria lesado fornecedores de quatro Estados - ZERO HORA 18/04/2012

A Polícia Civil desarticulou uma quadrilha de estelionatários que teria lesado, nos últimos quatro meses, empresas de quatro Estados. O bando teria causado um prejuízo de quase R$ 1 milhão aos fornecedores. Na manhã de ontem, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nos municípios de Farroupilha e Erval Grande.

A investigação se iniciou em Santa Maria, onde o bando teria adquirido empresas e as usado como fachada para golpes contra indústrias e bancos. O homem apontado como líder da quadrilha e mais nove integrantes do grupo devem ser indiciados por estelionato e formação de quadrilha. Nenhum dos investigados teve a prisão decretada pela Justiça.

O delegado André Diefenbach, titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Maria (3ª DP), explica que o golpe consistia em adquirir empresas fora de atividade, mas com o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ativo. Depois, o documento era transferido para o nome de outras pessoas, e, após passar por cinco ou seis “laranjas” do grupo, a quadrilha fazia compras e empréstimos bancários com a alegação de necessidade de capital de giro. Entretanto, nem os empréstimos ou as mercadorias eram pagas.

Mercadorias compradas eram levadas para Serra

Segundo o delegado André Diefenbach, a quadrilha adquiriu três empresas em Santa Maria e começou a aplicar os golpes.

– As mercadorias eram adquiridas em indústrias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Eram remetidas para Santa Maria e levadas para Farroupilha.

Na Serra, de acordo com a polícia, as mercadorias eram transportadas para a agropecuária do homem apontado como chefe do bando. O morador de Farroupilha utilizaria a empresa como fachada para revender os produtos. Na manhã de ontem, agentes apreenderam ferramentas, artigos esportivos e calçados na agropecuária. Policiais também lacraram uma garagem na casa do suposto líder do grupo. O espaço funcionaria como um depósito da quadrilha. Em Erval Grande, agentes recolheram calçados, cigarros e DVD de um homem que teria ligação com o suposto chefe do bando.

De acordo com o delegado Mário Mombach, de Farroupilha, o homem é investigado ainda por dar apoio logístico a uma quadrilha de assaltantes.

domingo, 1 de abril de 2012

COMO PREVENIR FRAUDE E ADULTERAÇÃO COM COMBUSTÍVEIS



Fraudes e Adulterações de Combustíveis e Bombas - LORENZO BUSATO, http://lorenzobusato.blogspot.com.br, 16/01/2012


Todos pudemos ver no Fantástico e as repetições no Jornal Nacional e nos Estaduais.

O "controle remoto" instalado a R$ 5.000,00 por bico nas bombas de diversos postos de combustíveis em Curitiba e São Paulo fraudava o volume mostrado na bomba (que o cliente pagou) direcionando por uma válvula de retorno parte deste combustível para o tanque do posto.

Além do crime contra o consumidor, estes postos tem que adulterar sua documentação de controle de estoque (LMC=Livro de Movimentação de Combustíveis), fraude provavelmente feita pelo mesmo "fornecedor" do tal sistema de controle remoto.

Como consultor do ramo eu comento alguns detalhes:

- A fraude foi feita em postos de cidades grandes, aonde você nunca vê o dono do posto e nem sabe quem é, muito menos se o combustível é de procedência;

- Se a fraude está sendo feita desta forma, imagine então se os combustíveis destes postos são mesmo das bandeiras que eles ostentam nas bombas e no posto;

- Sem ir muito longe, imagine então a qualidade dos combustíveis comercializados.

RESUMO: UMA VEZ LADRÃO, SEMPRE LADRÃO, PREVINA-SE!!!

RECOMENDAÇÕES:

- Abasteça nos postos que você conhece as pessoas, os frentistas, os donos;
- Procure sempre abastecer no mesmo posto;

- Verifique: bandeira do posto (companhia distribuidora), aparência (postos mal conservados normalmente denunciam má qualidade também dos produtos), participação do posto em programas das companhias (km de vantagens, sorteios, etc), normalmente postos com bandeira de empresa conhecida que não estão participando é por que a companhia já os descredenciou e não acompanha a qualidade dos produtos;

- Calcule a média de consumo do seu veículo com frequência, qualquer sinal de baixo desempenho pode indicar adulteração de combustíveis ou da bomba onde você abastece;

- Exija o teste obrigatório de qualidade dos combustíveis, se o posto se negar a fazer, não tiver equipamentos para tal, disser que não sabe como fazer... Vá para a polícia e registre uma queixa, acesso o site da ANP ( http://www.anp.gov.br ) e faça sua denúncia, exerça sua cidadania!!! E preserve seu bolso e seu veículo!!!

PROGRAMA DESCOBRE SENHAS DO iPHONE E ANDROID

Empresa de segurança demonstra programa para descobrir senha de iPhone e Android. POR RAFAEL CAPANEMA, FOLHA.COM, 28/03/12 - 18:28

Na semana passada, a empresa de segurança sueca Micro Systemation, que tem entre seus clientes a polícia do Reino Unido, publicou o vídeo acima*, em que demonstra seu software XRY, usado para obter informações armazenadas em celulares de criminosos e presos de guerra, por exemplo.

Explorando vulnerabilidades dos sistemas operacionais móveis, o programa é capaz de descobrir a senha de quatro dígitos de um iPhone e até o padrão de desbloqueio de um celular com Android.

Depois de descobrir a senha do aparelho, o XRY “transfere seus dados para um PC, descriptografa-os e exibe informações como a localização GPS do usuário, arquivos, registro de ligações, contatos, mensagens e até um relatório de caracteres digitados”, explica a “Forbes”.

quarta-feira, 28 de março de 2012

SETE INDÍCIOS DE VAGA FURADA NA INTERNET

Sete indícios de que uma vaga anunciada na internet é furada. Saiba como avaliar se oportunidade divulgada na web vale a pena ou é armadilha. O Globo, com informações do Monster.com. 28/03/12 - 11h04

RIO - Está na dúvida se vale a pena se candidatar a uma vaga anunciada na internet? Existem alguns sinais que podem ajudar a descobrir quando o anúncio é bom demais para ser verdade. O site do Monster, gigante de recrutamento on-line, listou sete indícios nos quais os candidatos devem se ligar. Confira quais são:

1. A vaga foi postada há vários meses ou é recolocada no site a toda hora. Muitas vezes, o motivo para que isso aconteça é legítimo: uma empresa pode simplesmente ter várias posições similares para preencher, ou então pode estar recrutando para cargos com alto índice de turn-over, como empregos sazonais na área de eventos. Mas, se não for o caso, pode ser um sinal de que a empresa colocou a vaga em espera ou que os altos índices de turn-over sejam uma razão para se preocupar. E, muitas vezes, empresas anunciam uma vaga on-line apenas para receber currículos e coletar informações sobre condições salariais no mercado. Mas também pode ser que o empregador esteja apenas aguardando pelo candidato ideal - que pode ser você.

2. O post diz que o nome da empresa é “confidencial”. É bom se questionar sobre as razões que levam esse tipo de informação a aparecer no anúncio de uma oportunidade de emprego. Será que essa vaga está realmente aberta? Será que uma agência de seleção está recrutando informação sem a autorização da empresa em questão? Talvez não haja motivos para se preocupar, mas um anúncio que não divulga o nome da empresa que está selecionando dificulta a pesquisa sobre a empresa e a adequação do seu currículo.

3. O anúncio on-line pede que o currículo seja enviado por fax. Esse é um indício claro de que a empresa não está atualizada com os novos tempos. Mas é possível também que seja uma forma de testar as habilidade do candidato de seguir instruções.

4. O anúncio contém frases como “o candidato deve ser extremamente dedicado ao trabalho” e “deve ser capaz de lidar com altos níveis de estresse”. A habilidade de trabalhar bastante não deveria constar como pré-requisito para uma vaga. Então, quando isso acontece, é um sinal de que a posição deve exigir demais do candidato. É claro que esse tipo de ambiente de trabalho é adequado e desafiador para muitos trabalhadores. Porém, se uma empresa, ao anunciar a oportunidade, opta por focar na dificuldade do cargo em vez de vender a organização como um bom lugar para se trabalhar, é um indício de que qualidade de vida do colaborador não deve ser uma prioridade nesse ambiente de trabalho. Sendo assim, cabe ao candidato decidir se quer se candidatar a uma vaga como essa.

5. Salários podem chegar a até R$ 500 mil por ano. Quando um anúncio de uma vaga informa que os rendimentos pode ser de “até” determinado valor, é um indício de que o emprego é remunerado por comissão. O mesmo vale para aqueles anúncios que alardeiam: “Seja o seu próprio chefe”. Trata-se, novamente, de saber se quer se candidatar a uma vaga assim. De qualquer forma, o ideal é perguntar ao recrutador sobre o salário mensal fixo e sobre a média de rendimentos.

6. Candidatos aprovados deverão trabalhar de graça ou recebendo menos que um salário mínimo durante o período de experiência. Testes antes de uma contratação são práticas comuns. É legítimo que uma empresa na qual o trabalho será de escrever textos publicitários, por exemplo, solicite que o candidato produza um exemplar como parte do processo seletivo. Porém, exigências para trabalhar de graça ou ganhando menos no período de experiência indicam a falta de comprometimento legal por parte da empresa.

7. O formulário de candidatura solicita informações confidenciais. Nenhuma empresa precisa de dados como CPF e conta bancária antes de a contratação ser efetivada. Por isso, é recomendado ter cautela quando, antes mesmo da entrevista, a companhia solicita esse tipo de informação.

FACEBOOK - SEU "LIKE" PODE VIRAR DINHEIRO PARA BANDIDOS


Seu ‘like’ no Facebook pode virar dinheiro para criminosos. Site registrado em nome de usuário em Goiânia vendia até 100 mil likes por R$ 3.990. 27 de março de 2012 | 21h35 - Por Murilo Roncolato e Nayara Fraga, RADAR TECNOLÓGICO, O ESTADO DE SÃO PAULO.

Aplicativos como “Veja quem te visitou” ou “Mude a cor do seu perfil” não são apenas brincadeiras desagradáveis de algum hacker que quer se divertir. Eles servem também para um esquema fraudulento de venda de “curtidas” (ou “likes”) a empresas ansiosas por audiência no Facebook.

Uma investigação feita por Fábio Assolini, analista da Kaspersky Lab e integrante do Grupo de Análise e Resposta a Incidentes de Segurança (Aris), revela que cibercriminosos brasileiros vendem pacotes de “curtidas” que variam de R$ 50, para mil “likes”, a R$ 3.990, para 100 mil “likes”.

“Uma maneira rápida e fácil, adquira cem mil curtidas em sua fan page no Facebook. Compre este plano, escolha a melhor forma de pagamento que desejar”, diz o site que comanda o negócio – encontrado sob os domínios hxxp://publicidadesonline.com e hxxp://publicidadesonline.net. Eles foram retirados do ar após Assolini comentar o comércio de “likes” em um blog.

De fato, a companhia que compra o serviço consegue movimentar o seu perfil na rede social. Mas o que ela pode não saber é que isso é feito às custas de usuários infectados por aplicativos do tipo “Mude a cor do seu perfil” — gente que não necessariamente admira a marca “curtida” ou que até acaba ficando com raiva da empresa por ver seu rosto exposto onde ela nunca pensou em estar.

O esquema, que promete também milhares de seguidores no Twitter, é totalmente brasileiro, segundo o analista da Kaspersky. Um dos sites estava registrado em nome de um usuário localizado em Goiânia.

Involuntariamente. Para tomar conta de um perfil no Facebook, os cibercriminosos geralmente criam aplicativos falsos com motes apelativos para atrair usuários e convencê-los a baixar o que, na verdade, é uma porta para um malware (software usado para fins criminosos).

A pessoa, sem saber, está instalando um plug-in no navegador (Firefox ou Chrome) que roubará o seu nome de usuário e senha, não importa quantas vezes eles forem trocados.

A menos que o plug-in seja excluído, ele continuará lá como um espião — e com o poder de usar o seu perfil como bem entender. Caso o usuário suspeite ter instalado aplicativos maliciosos ou plug-ins estranhos, é aconselhável verificar as extensões no navegador, segundo Fábio Assolini.

O analista alerta que é provável que o plug-in esteja disfarçado de Adobe Flash Player, por exemplo, um dos mais populares na web e usado como isca em outros ataques virtuais. Essa extensão força o usuário acessar o Facebook por um domínio não-seguro que começa com http:// em vez de https://, que representa o site seguro.

Quando isso ocorrer, é preciso excluir o plug-in malicioso do navegador. Veja como:

No Mozilla Firefox, vá em Ferramentas > Complementos > Extensões. No Chrome, vá em Ferramentas > Extensões. Procure pelos últimos plug-ins instalados.

Popular. Especialistas dizem que o Facebook, hoje com mais de 36,1 milhões de brasileiros, costuma ser eficiente na exclusão de aplicativos cuja intenção é espalhar vírus pela rede. Mas, apesar dos esforços, a empresa diz ser necessária a colaboração do usuário. “Em caso de dúvida, confirme antes com seu amigo se aquela mensagem ou post é segura”, disse a empresa em uma de suas campanhas.

segunda-feira, 19 de março de 2012

FRAUDE DE R$ 15 MILHÕES NA LOCAÇÃO DE BANHEIROS QUÍMICOS


Fraude de R$ 15 milhões. Ministério Público combate cartel na locação de banheiros químicos no RS e em SC. Cerca de 3 mil banheiros foram locados de forma irregular por empresas que forjavam disputas em licitações. Cid Martins - RÁDIO GAÚCHA, ZERO HORA ONLINE, 19/03/2012 | 11h50

Foi deflagrada nesta segunda-feira uma operação do Ministério Público no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina para combater um cartel na locação de banheiros químicos.
Quatro empresas forjavam disputas na licitação, apesar de todas pertencerem ao mesmo grupo. Elas devem ser investigadas por corrupção ativa e passiva, fraude em licitação e formação de cartel.

Ao todo, cerca de 3 mil banheiros foram locados de forma irregular em uma fraude superior a R$ 15 milhões. Entre os eventos que tiveram a locação irregular estão a Expointer, em Esteio, a Festa da Uva, em Caxias, o Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre, e a Festa do Pinhão, em Lages.

Segundo o promotor Ricardo Herbstrith, cada banheiro químico custava cerca de R$ 55 nas cidades onde ocorreu a fraude. Em municípios vizinhos, por exemplo, a diária não chegava a R$ 25.

A principal ação é realizada em Caxias do Sul, na serra gaúcha. A polícia foi acionada para cumprir cinco mandados de busca e apreensão também em Canoas e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e em Palhoça e Criciúma, em Santa Catarina.

Com o apoio do Tribunal de Contas, o MP investiga a participação de funcionários públicos em 12 prefeituras do RS e em três prefeituras de SC.

quarta-feira, 14 de março de 2012

QUADRILHA FRAUDAVA VESTIBULARES DE MEDICINA

OPERAÇÃO ARCANO. PF prende 15 por fraudes em vestibulares - ZERO HORA 14/03/2012

A Polícia Federal prendeu ontem 15 suspeitos de fazer parte de uma quadrilha que por mais de uma década fraudou vestibulares de Medicina de faculdades privadas, aprovando dezenas de alunos por ano. A PF apurou que a quadrilha atuou em pelo menos 13 vestibulares nos Estados de São Paulo, Rio, Mato Grosso do Sul, Piauí e Goiás.

Os estudantes recebiam as respostas por pontos eletrônicos. Uma central em Goiânia (GO) coordenava o trânsito das informações. A quadrilha era dividida em cinco células: corretores, treinadores, pilotos, assistentes e um coordenador. A célula dos corretores era formada por alunos de cursinhos que selecionavam os estudantes e pais interessados em comprar o acesso às respostas. O dinheiro só era pago após a aprovação do estudante.

– Uma vez cooptados, os estudantes passavam pelos treinadores, que ensinavam o uso do ponto eletrônico. No dia da prova, entravam em ação os pilotos, professores de cursinho ou estudantes que, especializados em determinadas matérias, respondiam somente às questões de suas áreas – explicou o delegado Nelson Cerqueira.

Os pilotos repassavam as respostas para a célula dos assistentes, que enviavam os dados à central, em Goiânia, liderada pelo coordenador. De lá, os gabaritos eram montados e repassados via ponto eletrônico, nunca com 100% de acertos para não chamar a atenção.

Nomes dos acusados e das escolas não foram revelados. A polícia tem nomes de “dezenas” de estudantes e pais que pagaram R$ 60 mil pela aprovação e deverão responder por estelionato. As investigações foram comandadas pela PF de Araraquara (SP).

Uma das prisões foi realizada no RS

Segundo Cerqueira, a quadrilha era liderada por um médico de Goiânia. Durante a Operação Arcano foram apreendidos computadores, documentos, agendas, equipamentos eletrônicos e dois revólveres. As prisões foram feitas em São Paulo, Bahia, Tocantins, Pará, Goiás e uma no Rio Grande do Sul.

O próximo passo é levantar informações contidas nos materiais apreendidos. Com eles, a PF espera identificar os clientes da quadrilha. De acordo com o delegado, como os acusados colaboraram, e as investigações devem demorar mais que os 10 dias de prazo da prisão temporária, a PF optou por liberá-los após os depoimentos.

VESTIBULAR DA DESONESTIDADE

EDITORIAL ZERO HORA 14/03/2012

A Polícia Federal desarticulou ontem uma quadrilha que fraudava vestibulares de Medicina em cinco Estados brasileiros, prendendo mais de uma dezena de pessoas que promoveram a burla em 13 exames de instituições privadas. A organização e o modo de operação dos fraudadores surpreenderam os investigadores: eles se dividiam em três grupos, um cooptava os vestibulandos, outro os treinava para o uso do ponto eletrônico e um terceiro reunia especialistas que resolviam as provas. As respostas eram encaminhadas a um comando central da operação, que as repassava aos estudantes. Apesar de tanta engenhosidade, os trapaceiros foram flagrados e retirados de circulação, devendo responder pelos crimes de formação de quadrilha e estelionato. Nota 10 para a Polícia Federal.

Mas o mais intrigante e preocupante numa investigação dessas nem são os criminosos, pois estes estão sempre atrás de oportunidade para ganhar dinheiro por meios ilícitos. O que deve preocupar mais a sociedade são os estudantes que tentam se valer de fraudes para superar concorrentes. Que espécie de profissional pode se esperar de um universitário que faz uso de tal procedimento?

Não passa ano sem que a polícia seja chamada por universidades e instituições encarregadas de organizar vestibulares para investigar ocorrências desse tipo. O uso do chamado ponto eletrônico, um minúsculo aparelho que permite a recepção de sinal de rádio e que pode ser escondido no ouvido do candidato, é um artifício resultante dos avanços da tecnologia. Em Manaus, no ano passado, a polícia identificou um grupo liderado por um estudante de Física e formado por universitários que se inscreviam nas provas, filmavam as questões com uma caneta eletrônica e saíam antes para enviar as respostas aos estudantes que os contratavam. Outros recursos mais simples também são empregados por estudantes pouco honestos. Ainda no ano passado, no Paraná, 11 pessoas foram presas tentando se passar por candidatos inscritos, que forneceram seus documentos para falsários melhor equipados intelectualmente. Há, ainda, os que tentam colar utilizando métodos tradicionais, respostas escritas em local oculto, e os que apelam para o recurso do telefone celular escondido no banheiro.

Tais tentativas, somadas ao hábito pernicioso de alguns alunos em fraudar trabalhos de aula ou de conclusão de curso, refletem uma cultura de desonestidade que vem tirando o sono dos professores e de todas as pessoas que se preocupam com a formação integral e íntegra dos estudantes. Quando a educação vira caso de polícia, o país precisa parar para revisar seus conceitos morais e suas normas de convivência. A sociedade tecnológica aumentou a competição entre os indivíduos, mas nada justifica este vale-tudo.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

FRAUDE SOBRE RODAS: QUADRILHA MAQUIAVA CARROS PARA VENDER

Quadrilha maquiava carros para vendê-los no Estado. Veículos com perda total eram adquiridos em leilões e tinham documentos falsificados no Interior - LUANE MAGALHÃES, ZERO HORA 09/02/2012

Uma quadrilha que vendia carros adulterados para ocultar batidas foi desarticulada ontem no Vale do Rio Pardo. Seis pessoas foram presas e 11 automóveis, computadores e documentos, apreendidos.

Os veículos eram trazidos de outros Estados e tinham a documentação modificada no município de Passa Sete. Em dois anos, o grupo pode ter movimentado até R$ 10 milhões na venda de 309 carros.

A operação realizada de forma conjunta entre Ministério Público, Polícia Civil e Departamento Estadual de Trânsito (Detran), na manhã de ontem, com o cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão, desarticulou um esquema que vinha sendo investigado há pelo menos dois anos nas cidades de Sobradinho, Passa Sete, Lajeado, Estrela e Cruzeiro do Sul.

– Membros da quadrilha compravam carros em leilões de empresas seguradoras, na sua grande maioria de São Paulo (SP), por um preço baixo e traziam para o Estado, onde a documentação dos veículos era “esquentada” no Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA) do município de Passa Sete. Os carros eram revendidos pelo preço normal para pessoas de boa-fé – explicou João Afonso Silva Beltrame, promotor de Justiça de Sobradinho.

Entre os veículos mais procurados pela quadrilha estava o modelo Corolla, da Toyota. Os carros comprados em outros Estados eram leiloados por preços mais baratos por terem situação de perda total decretada. Se fossem necessários, reparos eram feitos nos veículo.


Veículos tinham preço de seminovos

Conforme a polícia, no CRVA, a documentação era alterada para que o passado do veículo fosse modificado e as restrições quanto aos danos anteriores, apagadas. Mais tarde, os carros eram vendidos pelo preço de mercado de veículos seminovos. Segundo as investigações, a quadrilha vendia cada carro por valores 120% a 240% a mais do que havia pago por ele.

Seis pessoas foram presas preventivamente inclusive o coordenador do CRVA de Passa Sete, João Baptista dos Santos Neto. Outros cinco foram encaminhados para o Presídio Estadual de Sobradinho. Zero Hora não conseguiu contato com os advogados dos presos. Conforme a delegada Flávia Colossi Frei, os homens não prestaram depoimento e devem ser ouvidos em juízo.

Segundo Ministério Público, todos os suspeitos de envolvimento na fraude já haviam sido denunciados no final de janeiro pelo MP pelos crimes de formação de quadrilha, inserção de dados falsos em sistemas de informações, falsidade ideológica, corrupção ativa e corrupção passiva.

Conforme Beltrame, caso os carros apresentem problemas, as vítimas poderão entrar com ações contra os integrantes da quadrilha.

Com base nos documentos apreendidos, as investigações devem seguir nos próximos dias. Segundo o delegado Vinícius Batista do Valle, caso haja desconfiança da procedência do veículo, os proprietários devem procurar a Polícia Civil e registrar o fato para que o caso seja investigado.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

CRIMES FINANCEIROS - QUADRILHA TINHA MILITARES DA AERONÁUTICA COMO CLIENTES

PF combate quadrilha acusada de crimes financeiros em MG. Serão cumpridos oito mandados de prisão, além de apreensão de carros e imóveis. O Globo. 31/01/12 - 9h44

SÃO PAULO - A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira, a Operação Gizé, em Minas Gerais, para prender acusados de integrar uma quadrilha que cometia crimes financeiros contra a administração pública, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Serão cumpridos oito mandados de prisão temporária, sendo três em Belo Horizonte e cinco em Lagoa Santa.

De acordo com a PF, integram o grupo de criminosos administradores, empregados e colaboradores da empresa Filadélphia Empréstimos Consignados Ltda e outras empresas coligadas. Militares da Aeronáutica são a maioria dos clientes da empresa.

Foram coletados vários indícios de que a organização criminosa investigada estaria captando recursos de terceiros e os remunerando com valores acima dos praticados pelo mercado, emprestando dinheiro a juros e operando no ramo de seguros automotivos sem autorização do Banco Central do Brasil, da CVM - Comissão de Valores Mobiliários e da SUSEP - Superintendência de Seguros Privados.

Os investigados responderão por estelionato, formação de quadrilha, falsidade documental, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, e outros crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. As penas, somadas, podem chegar até noventa anos de prisão.

Também estão sendo apurados a contratação de financiamentos irregulares, mediante fraudes e pagamento de vantagens indevidas, em detrimento do patrimônio da Caixa Econômica Federal e de outras instituições financeiras privadas, além de outros crimes como sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

A operação cumpre ainda 18 mandados de busca e apreensão, 20 mandados de arresto (apreensão de bens dos acusados) de imóveis e 40 de automóveis, além de bloqueio de contas bancárias.

A investigação tem o conhecimento e a colaboração do Comando da Aeronáutica e da SUSEG – Superintendência de Segurança da Caixa Econômica Federal em Brasília.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

POSTOS DE GASOLINA FLAGRADOS ROUBANDO DOS CLIENTES


Postos de gasolina flagrados furtando combustível no Rio. As irregularidades são cometidas com o uso de sofisticado equipamento instalado nas bombas. LUDMILLA DE LIMA - O GLOBO, 9/01/12 - 17h33

RIO - Um sofisticado equipamento instalado em bombas de combustível vem enganando consumidores do Rio, como mostrou neste domingo o Fantástico, da TV Globo. A reportagem, que também passou por São Paulo e Curitiba, encontrou na cidade o pior caso: em um posto, não identificado pelo programa, o furto chegou a 12% do tanque de um carro popular — de um total de 50 litros de gasolina, seis não são fornecidos ao veículo. Um laboratório testou a quantidade e a qualidade do combustível de 11 postos do Rio, e em todos foram detectados problemas.

Para revelar a fraude, o Fantástico usou um tanque especial, transparente, na mala de um carro. Sem conhecimento do frentista, a gasolina usada para abastecer o veículo ia para este tanque, de 20 litros, aferido pelo Inmetro. O reservatório era, então, levado para o laboratório, que então media a quantidade em um outro recipiente, também dentro dos padrões do instituto. O máximo de erro permitido em lei é de cem mililitros para cima ou para baixo. Mas, no posto do Rio onde foi feito o maior flagrante, de 20 litros marcados na bomba, 2.410 não chegaram ao veículo da reportagem.

Em outro posto da cidade, de acordo com a reportagem, 2.310 mililitros de 20 litros foram furtados. Um repórter, já se identificando como da TV Globo, depois retornou aos dois locais e pediu que fosse feita e medição usando o recipiente do laboratório. Como a fraude é armada e desarmada por controle remoto, nas duas situações ela não voltou a ser detectada.

Placa diminui a pressão da bomba de combustível

O Fantástico mostrou que uma placa instalada dentro das bombas diminui a pressão do combustível, dando uma diferença na quantidade fornecida e a registrada pelo marcador do equipamento. A fraude é acionada por controle remoto, semelhante ao usado em sistemas de garagem.

FRAUDES EM BOMBAS DE COMBUSTÍVEL

REDE GLOBO - Fantástico - 08/01/12

Donos de carros populares chegam a perder seis litros de combustível cada vez que enchem o tanque. O golpe é tão sofisticado que você nem percebe que assaltaram o seu bolso.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

GOLPE DO CARRO FINANCIADO

NO PREJUÍZO. Golpe do carro deixa lesados no Vale do Sinos. Polícia investiga a ação de grupo que atraía compradores pela internet - ÁLISSON COELHO | VALE DO SINOS/CASA ZERO HORA, 07/01/2012

A proposta parecia boa demais para ser verdade. Comprar um carro zero-quilômetro, com R$ 8 mil de entrada e ganhar 25% de desconto no financiamento, nove meses de carência para começar a pagar as parcelas e ainda o seguro grátis por um ano. As vantagens atraíram pelo menos 28 pessoas no Vale do Sinos, que agora recorrem à polícia para tentar reaver pelo menos parte dos prejuízos com o golpe. O número de lesados, no entanto, pode chegar a 50.

Por meio da internet, os golpistas atraíam consumidores. As vantagens estavam em um site e eram divulgadas em propagandas em outros endereços online. De acordo com a polícia, o consumidor era instruído a escolher o carro de sua preferência e ainda poderia optar entre dar R$ 8 mil em dinheiro ou seu carro usado como entrada. Em seguida, o golpista acompanhava o cliente até a revenda para compra do veículo, onde acontecia a segunda parte do golpe.

– Para conseguir a liberação do carro na revenda, o golpista ia até o banco e simulava um depósito do valor da entrada no caixa eletrônico, inserindo um envelope vazio. Com o comprovante emitido pela máquina, a revenda liberava o carro para o cliente – afirma o chefe de investigação da Delegacia de Polícia de Campo Bom, André Garcia Miranda.

A polícia acredita que três pessoas estavam envolvidas

Pelo acordo, o cliente sequer receberia os boletos para pagamento das nove primeiras parcelas do financiamento. A revenda só notaria que não recebeu o valor da entrada dois dias depois, e só então o cliente saberia que, além do valor da entrada, ainda teria de arcar com o custo das nove primeiras parcelas e do valor integral do financiamento.

– Eles se apresentavam como proprietários de uma locadora de automóveis e afirmavam que, por isso, conseguiam 25% de desconto no financiamento. No meu caso, a parcela baixaria em 50%. Eu ainda tive sorte, porque eles pegaram o meu carro e deram parte da entrada na concessionária. Meu problema agora é conseguir pagar as nove parcelas e com o valor integral – lembra o estofador Ricardo Forte, uma das vítimas do golpe.

Em alguns casos, o valor da entrada era o carro da família, que valia mais de R$ 8 mil, veículos que eram revendidos. Em outros, os golpistas pegavam o carro usado e sequer entregavam o veículo zero.

A polícia acredita que três pessoas estavam envolvidas no esquema e lucraram mais de R$ 300 mil com clientes de Campo Bom, Ivoti, Sapiranga e Dois Irmãos. Um dos suspeitos já teria cometido o mesmo crime em Valinhos (SP). Ele responde a processo, mas nunca foi preso. Dois dos envolvidos registraram ocorrência como vítimas do principal suspeito, que sumiu da região há uma semana.

– Os outros sumiram desde segunda-feira, não atendem a nenhum telefone. Antes de fugir, um deles me disse que tinham vendido mais de 200 carros, de Caxias do Sul a São Leopoldo. Tem muito mais gente lesada por aparecer – afirma Forte.


Para evitar

- Desconfie de preços e condições que não correspondem com o que é praticado no mercado;

- Em caso de compra de usados, consulte o Detran para verificar se a situação do veículo está regular;

- Evite utilizar intermediários no momento da compra;

- Procure concessionárias e revendedoras conhecidas;

- Não entregue seu usado ou a entrada antes de assinar a documentação e receber o novo veículo.